"Posso arrepender-me de ter mentido, de ter sido a causa de ruínas e sofrimentos mas nem à hora da morte me arrependaria de ter amado..." Graham Greene
sábado, 29 de dezembro de 2007
AUSÊNCIA
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Hoje o Mundo perdeu uma Grande Mulher

21 de Junho de 1953 - 27 de Dezembro de 2007
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Feliz Natal e um 2008 ESPECTACULAR!!!
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva
À instantes morrera
A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Letra: Jorge Fernando
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Adeus

e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus
Eugénio de Andrade
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Paz

Muito além das estrelas,
Onde permanece uma Sentinela alada
Muito hábil na guerra,
Lá, acima do ruído e do perigo,
A doce paz senta-se coroada de sorrisos,
E aquele que nasceu numa Manjedoura
Comanda Belos exércitos,
É ele o teu amigo misericordioso,
E (Ó minha Alma desperta!)
Em puro amor desceu
Para morrer aqui por amor a ti,
Se não podes alcançar outro lugar,
Ali cresce a flor da Paz,
A Rosa que nunca murchará,
Tua fortaleza e teu conforto;
Abandona então tuas insensatas fileiras;
Pois mais nenhuma pode manter-se segura,
A não ser aquela que jamais mudará,
O teu Deus, a tua vida, a tua Cura.
Henry Vaughan
domingo, 16 de dezembro de 2007
Desabafo...

que desespero...
só me apetece desaparecer...
cada dia que passa mergulho cada vez mais no abismo...
na escuridão...
no desespero...
Não sei o que fazer...
para me libertar desta agonia
para me libertar deste sofrimento
que me corroí por dentro
que me espezinha a alma...
Só sei que me sinto só,
perdida entre uma multidão de zombies,
zombies que se sentem mais perdidos do que eu,
mas que nem têm a consciência do quanto estão perdidos...
Sinto-me só e tento gritar
tento gritar mas a voz não me sai...
estou prisioneira...
estou prisioneira deste mundo louco e sem som
que me tenta sufocar,
que me tenta apagar,
Tenho de me libertar...
Quero ser livre outra vez...
Quero viver novamente...
Quero voltar a ser FELIZ!!!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Que neste Natal...

eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.
Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.
Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.
Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.
Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.
Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.
Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.
Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.
Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.
Desconhecido
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Pedaços de Amizade
