sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Chuva


Gosto de estar no cais quando chove

A chuva transporta sabores e odores

Que quando misturados com o mar

Transformam a atmosfera

Num ambiente de caldo

Que me faz flutuar.



Gosto de estar no cais quando chove

Porque gosto de partir

Para onde os sonhos são realidade

E é sempre melhor partir quando chove.



Gosto de estar no cais quando chove

Porque o navio só parte

Quando a chuva acaba

E assim encontro razão para não partir

Porque só me apetece partir quando chove

Porque fico sempre e talvez para sempre

E porque a realidade nunca é o que se sonha.



Sophia de Mello Breyner Andersen

3 comentários:

Armindo Neto de Oliveira disse...

Boa noite cara Blogger

O poema que publica é da minha autoria. Gostaria de saber por que razão diz que é da Sophia de Melo Breiner Andersen.
Estou a dizer a verdade. Lembro-me bem quando o escrevi no Outono de 1996 pouco tempo após a morte de um familiar. Enviei-o a um amigo há alguns anos que tem um blog de poemas muito famoso ROMASI.
saudações

Anónimo disse...

Boa noite cara Maria dos Açores
Este poema é da minha autoria e não da Sophia. Agradeço, pois, que tome isso em linha de conta. Se o fizer ofereço-lhe um outro poema meu.
Obrigado
Armindo Neto de Oliveira (netoliveira@netcabo.pt)

Maria dos Açores® disse...

Cara Armindo,
este poema encontrei-o algures com a assinatura da Sophia MBA e é por esta razão que o publiquei com esta autoria. Só quando encontro ou enviam-me poemas ou citações com autor desconhecido é que costumo tentar encontrar o autor. Mas já está feita a correcção e dados os devidos créditos a si.
As minhas sinceras desculpas