“És presença.
E, mesmo quando és ausência,
és muito mais do que saudade.
És vontade de ver de novo,
de ver mais,
de ver
mais de perto,
ver melhor.
E tocar,
de modo que, cada toque,
eu tenha um pouco
mais de ti em mim,
para que não haja mais ausência.
Te encontrar
virou apenas
uma questão de fechar os olhos.
Tenho confundido ‘eu’ com ‘nós’.
Mas essa
confusão só me acontece
porque eu tenho certeza de tudo que eu sinto.
E o que
eu sinto é o tal do amor.
Aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro
amor,
que eu achava que não existia mais.
Pois existe.
E arrebata, atropela,
derruba,
o violento surto de felicidade causado
pelo simples vislumbre do teu
rosto.”
Lucas Silveira
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