quarta-feira, 4 de maio de 2011

”Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas…

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
 (…)
 Ando meio fatigada de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis…
 Meu coração está ferido de amar errado…

Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos…
É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada.

Não há nada a ser esperado. Nem desesperado…

Estou exausta de construir e demolir fantasias”
 
Caio Fernando Abreu

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