Nem sempre consigo ser tão equilibrada, ponderada e
organizada quanto gostaria. Alguns dias são bem perturbadores e nunca sei
direito como lidar com eles. De certa forma resisto um pouco em dar o braço a
torcer para a falha. Eu não sei perder, tampouco gosto de não ter razão. Um
lado orgulhoso ainda tem muito o que aprender sobre os precipícios. Nem sempre
quero cair, às vezes, mesmo torta, exausta e me arrastando quero continuar
andando. Preciso aprender a me deixar levar, a aceitar que chega um momento em
que a gente perde a força e a própria verdade. Mas sou turrona, durona, não
desisto tão fácil. Juro que quando bate o desânimo eu o aceito, acolho, beijo,
abraço e mando embora. Muitas vezes o desânimo só quer um carinho, por isso faz
essas visitas inesperadas.
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa
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