sábado, 12 de março de 2011


“Dou-me o direito De ser alegre, De ser triste,
Mas sendo sempre feliz.

Dou-me o direito De ser responsável, De ser irresponsável, Mas com toda a responsabilidade.

Dou-me o direito De ser ousado, De ser tímido,
Mas com toda a intrepidez.

Dou-me o direito De ser quente, De ser frio,
Mas com todo o ardor.

Dou-me o direito De decidir, De vacilar,
Mas com toda a determinação.

Dou-me o direito De ser sério, De ser palhaço,
Mas com toda a austeridade.

Dou-me o direito De me encontrar, De me perder,
Para jamais me extraviar.

Dou-me o direito De ser duro, De ser flácido,
Mas sem perder a rigidez.

Dou-me o direito De falar, De calar,
Mas sem perder a eloquência.

Dou-me o direito De levantar, De cair,
Mas sem deixar de caminhar.

Dou-me o direito De aprender, De ensinar,
Mas sendo sempre aprendiz.

Dou-me o direito De ser sensato, De ser louco,
Mas com toda a lucidez.

Dou-me o direito De esperar, De desesperar,
Mas com toda a esperança.

Dou-me o direito Do encanto, Do desencanto,
Mas sem perder o encantamento.

Dou-me o direito De não ser eu, De nunca ser eu,
Para sempre ser eu.

Dou-me o direito De ser eu, De sempre ser eu,
Para ser eternamente eu.

Dou-me o direito,
Dou-me a esperança,
Dou-me a promessa,
Dou-me a certeza,
Dou-me a convicção...”

J. Romero Antonialli

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