sábado, 5 de março de 2011


“Na primeira noite eles aproximam-se
e colhem uma Flor do nosso jardim
e não dizemos nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem; pisam as flores,
matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.”

Vladimir Maiakóvski

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