“Em caso de dor, ponha gelo.
Mude o corte do cabelo. Mude como modelo.
Vá ao cinema, dê um sorriso. Ainda que amarelo.
Esqueça seu cotovelo.
Se amargo for já ter sido. Troque já este vestido.
Troque o padrão do tecido.
Saia do sério, deixe os critérios.
Siga todos os sentidos. Faça fazer sentido.
A cada milágrimas sai um milagre.
Em caso de tristeza vire a mesa.
Coma só a sobremesa. Coma somente a cereja.
Jogue para cima, faça cena.
Cante as rimas de um poema. Sofra apenas, viva apenas.
Sendo só fissura, ou loucura.
Quem sabe casando cura. Ninguém sabe o que procura.
Faça uma novena, reze um terço.
Caia fora do contexto, invente seu endereço.
A cada mil lágrimas sai um milagre.
Mas se apesar de banal. Chorar for inevitável. Sinta o gosto do sal.
Sinta o gosto do sal. Gota a gota, uma a uma.
Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre.
A cada mil lágrimas sai um milagre.”
Mude o corte do cabelo. Mude como modelo.
Vá ao cinema, dê um sorriso. Ainda que amarelo.
Esqueça seu cotovelo.
Se amargo for já ter sido. Troque já este vestido.
Troque o padrão do tecido.
Saia do sério, deixe os critérios.
Siga todos os sentidos. Faça fazer sentido.
A cada milágrimas sai um milagre.
Em caso de tristeza vire a mesa.
Coma só a sobremesa. Coma somente a cereja.
Jogue para cima, faça cena.
Cante as rimas de um poema. Sofra apenas, viva apenas.
Sendo só fissura, ou loucura.
Quem sabe casando cura. Ninguém sabe o que procura.
Faça uma novena, reze um terço.
Caia fora do contexto, invente seu endereço.
A cada mil lágrimas sai um milagre.
Mas se apesar de banal. Chorar for inevitável. Sinta o gosto do sal.
Sinta o gosto do sal. Gota a gota, uma a uma.
Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre.
A cada mil lágrimas sai um milagre.”
Itamar Assumpção e Alice Ruiz
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