“Quando eu morrer o mundo continuará o mesmo,
A doçura das tardes continuará a envolver as coisas todas.
Como as envolve agora neste instante.
O vento fresco dobrará as árvores esguias
E levantará as nuvens de poesia nas estradas…
E levantará as nuvens de poesia nas estradas…
Quando eu morrer as águas claras dos rios rolarão ainda,
Rolarão sempre, alvas de espuma
Quando eu morrer as estrelas não cessarão de acender-se
no lindo céu nocturno,
E nos vergéis onde os pássaros cantam
E nos vergéis onde os pássaros cantam
as frutas continuarão a ser doces e boas.”
Fernando Pessoa
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