segunda-feira, 7 de outubro de 2013


A noite...
farol da palavra que te procura
jangada de desejos em mares
de solidão partilhada.
Sei-te dentro de folhas escritas,
sedento de voo aberto nas asas 
de uma gaivota apressada.
Sei-te na nudez e no murmúrio
dos ventos no rochedo maior.
Para ti abro as minhas penas e a minha pele
estremeço e espero
que a madrugada encoste aos nossos rostos
a ternura das horas sem fim.

Lília Tavares

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